No Brasil, há 35 mil pessoas com esclerose
Nesta sexta-feira (30) é o Dia Nacional de Conscientização Sobre a Esclerose Múltipla. A data instituída pela Lei nº 11.303/2.006, tem o objetivo de dar maior visibilidade à doença. Por isso, o vice-presidente da Câmara Legislativa deputado Delmasso realizou uma Audiência Pública para debater sobre os desafios do diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla.
Delmasso vai apresentar um projeto de lei para atualizar e complementar a lei já existente para garantir os direitos das pessoas com da esclerose múltipla. “ Precisamos lutar por essas pessoas porque por falta de conhecimento sobre a doença essas pessoas são marginalizadas, vamos lutar para garantir mais direitos para elas. ”
A presidente da Associação de Pessoas com Esclerose Múltipla
Ana Paula Morais, agradeceu o apoio do deputado e ressaltou a importância da
informação sobre a doença. “Essa iniciativa do deputado Delmasso é de extrema importância
porque nos dá visibilidade, e assim deixamos de ser vistos como vitimistas e
assim podemos receber o tratamento adequado”
Fizeram parte da mesa a presidente da Associação de Pessoas com Esclerose
Múltipla Ana Paula Morais, o neurologista da secretaria de Saúde Doutor Ronaldo
Maciel Dias, a médica neurologista Doutora Fernanda Ferraz. Participaram também
pessoas e familiares de pessoas com esclerose múltipla (EM).
Sobre a esclerose múltipla
Atualmente cerca de 2,5 milhões de pessoas no mundo tem esclerose múltipla, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, há 35 mil portadores e mais de 13 mil em tratamento, de acordo com o DATASUS.
A esclerose múltipla (EM) é uma doença inflamatória crônica, provavelmente autoimune. Por motivos genéticos ou ambientais o sistema imunológico começa a agredir a bainha de mielina (camada de gordura que envolve as fibras nervosas na substância branca do cérebro e na medula espinhal), comprometendo a função do sistema nervoso (cérebro e medula) ao atingir diversas funções ligadas ao trânsito de informações dos neurônios para o resto do corpo.
Com a confirmação do diagnóstico, o tratamento tem dois objetivos principais diminuir a fase aguda e tentar aumentar o intervalo entre um surto e outro. No primeiro caso, os corticosteroides são drogas úteis para reduzir a intensidade dos surtos. No segundo, imunossupressores que ajudam a espaçar os episódios de recorrência e o impacto negativo que provocam na vida das pessoas com esclerose múltipla.