Lei de Delmasso estabelece tempo de serviço voluntário como experiência profissional

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A proposta tem o objetivo de estimular a participação da população em ações sociais, culturais, ambientais e assistenciais, e entre outras

Ser voluntário é um ato de entrega, amor e empatia, qualquer seja a área. E para aumentar o engajamento da população do Distrito Federal “em ações transformadoras da sociedade”, que o vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Delmasso (Republicanos) apresentou a Lei n.º 6.857 de 2021 que cria a Política Distrital de Incentivo ao Voluntariado.

A proposta que tem como objetivo estimular a participação cidadã em ações sociais, culturais, ambientais e assistenciais, entre outras, realizadas por parcerias entre o governo, organizações civis e o setor privado. Segundo Delmasso, a ideia é que haja uma “complementaridade”, que é o princípio que rege o texto e, por esse motivo, “não exclui as obrigações do Estado”.

O parlamentar reforçou que a Lei aumentará o engajamento da população em ações de voluntariado. As diretrizes da Política são mobilizações, divulgação e desenvolvimento de atividades voluntárias; integração da base de dados sobre voluntariado; visibilidade dos projetos; além de fomentar estudos e pesquisas na área.

Amanda Maciel de 21 anos conta de sua experiência como voluntária em um projeto social. “Sou voluntária no Laços da Alegria desde 2018, e dentre uma das funções que exerço e já exerci lá, uma estava diretamente relacionada com o curso que faço, Publicidade e Propaganda, pois no projeto fui por 1 ano a coordenadora da área de comunicação do projeto, então essa é uma experiência muito importante para eu botar no meu currículo profissional”, disse. “Acredito que essa lei só tenha a agregar na vida de todos, pois com o voluntariado podemos exercer muitas funções não remuneradas que não deixam de ser experiências profissionais, apenas é feita de bom grado e sem visar lucro”, completou.

Ana Paula Ferreira é voluntária na Igreja Sara Nossa Terra e falou da importância da lei. “Acredito que impacta no desenvolvimento pessoal, na comunicação, em saber falar, saber explicar sobre o espírito de liderança. A lei é muito necessária principalmente para os adolescentes, pois ajuda muito no desenvolvimento como todo, no externo e interno. Saber lidar com pessoas, saber respeitar as hierarquias de cada ocupação”, afirmou.

Há também a previsão de que o Poder Executivo deverá regulamentar a lei, por meio de decreto, e poderá integrar, quando possível, programas, ações e políticas públicas às iniciativas previstas na norma, que tem entre seus fundamentos: cidadania, fraternidade, solidariedade, promoção de direitos humanos, sustentabilidade e tolerância.