Metrópoles: Com 7 mil diagnósticos, Núcleo de Saúde Mental do Samu-DF vai fechar

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Metrópoles: Com 7 mil diagnósticos, Núcleo de Saúde Mental do Samu-DF vai fechar
Metrópoles: Com 7 mil diagnósticos, Núcleo de Saúde Mental do Samu-DF vai fechar

Fim do serviço especializado preocupa servidores do Samu, que registraram aumento de atendimentos a emergências psiquiátricas na pandemia

Metrópoles – Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) denunciam que o Núcleo de Saúde Mental (Nusam) do órgão será encerrado. O fim do serviço especializado preocupa servidores do órgão, que registraram aumento no número de atendimentos a emergências psiquiátricas na pandemia de Covid-19.

Ao Metrópoles, uma servidora que trabalha no Núcleo e pediu para não ser identificada disse que a direção do Samu convocou uma reunião na última semana para informar aos funcionários que a Central de Informações Toxicológicas e Atendimento Psicossocial (Ceitap) será retirada do organograma do Samu. Tal gerência abarca dois serviços: a Central de Informações Toxicológicas (Ciatox) e o Núcleo de Saúde Mental.

Nesta segunda-feira (21/3), o vice-presidente da Câmara Legislativa (CLDF), deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos), enviou ofício ao secretário de Saúde do DF, Manoel Pafiadache, argumentando que “o Núcleo de Saúde Mental existe desde 2013 e é composto por uma Ambulância de Suporte Avançado (Condutor + Psiquiatra + Enfermeiro + Psicólogo ou Assistente Social), atendendo a todo o Distrito Federal e intervindo nas situações de Emergência Psiquiátrica, reduzindo internações desnecessárias, prestando um serviço pré-hospitalar qualificado aos pacientes”.

“Diante de tal cenário, agravado pela pandemia de Covid, é possível identificar o preocupante aumento das demandas de saúde mental nos chamados do Samu. Ou seja, desfazer-se do serviço acima descrito é assustador, especialmente em uma época em que é preciso somar esforços para reforçar a atuação e assistência em saúde mental”, diz o distrital, no ofício.

Delmasso ainda considera que “a situação é grave, uma vez que esse tipo de atendimento ocupa o terceiro lugar em número de chamados do 192”. “Qualquer ação no sentido de desmobilizar este serviço representa um retrocesso e a consequente desassistência à população”, pontua.

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