Delmasso traz novo projeto Cidadania Digital para combater suicídio entre crianças e adolescentes no DF

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Pesquisa revela que conteúdo das redes sociais tem incentivado jovens a atentarem contra a própria vida

Na última semana o vice-presidente da Câmara Legislativa, deputado Delmasso (PRB), participou da Conferência Nacional de Legislaturas Estaduais, no Tennessee, Estados Unidos (EUA) e como resultado da viagem trouxe um novo projeto que promove a Política de Educação Digital nas Escolas, a Cidadania Digital. A proposta terá o objetivo de adquirir uma tecnologia educacional que garanta a filtragem adequada da internet dentro e fora das escolas. O projeto será protocolado no dia—–.

Delmasso foi ao evento pela União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), representando a Câmara Legislativa do DF. O distrital também é autor do projeto de Lei 1641/2017 que cria a Notificação Compulsória dos casos de tentativa de suicídio, atendidos na rede de saúde do Distrito Federal.

Em um monitoramento virtual realizado entre abril e maio de 2018, pela agência Nova/sb, foram analisadas mais de um milhão de menções ao tema suicídio no Brasil dentro das principais redes sociais. Com relação ao conteúdo, 34,2% eram piadas ou memes e o pior: 18,3% das postagens foram consideradas negativas, reforçando tabus ou até incentivando pessoas a atentarem contra a própria vida.

A pesquisa TIC Educação 2018, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), constatou que mais de 40% dos professores de escolas públicas e privadas, questionados pelos alunos sobre temas relacionados à cultura e cidadania digital, disseram não ter conhecimento suficiente para tirar as dúvidas. “A proposta garantirá cursos de formação de professores para o uso adequado da internet em sala de aula”, disse Delmasso.

A doutora na área de prevenção de catástrofes e luto complicado, profª. Rosana Bohrer, afirmou que o projeto de Delmasso é fantástico, porque moderniza para não ficar atrás dos outros países. “O modelo de sala de aula antigo acabou, porque hoje é tudo digital. Tudo que estava no quadro negro é substituído pelo celular. Com essa proposta você traz esperança aos jovens, uma nova visão de futuro”, disse.

De acordo com a Dra. Rosana Bohrer, a internet traz coisas boas e ruins: há perfis falsos, pessoas que provocam o mal-estar dos outros e incentivo ao suicídio. “A parte boa é que o conhecimento é acessível a todos. O deputado tem uma visão de futuro atualizada, ele consegue ver as dificuldades dos jovens. Mesmo quando a pessoa sobrevive é muito doloroso, não só físico, mas emocional principalmente”, relatou.

Segundo o deputado, a Política de Educação Digital trará a conscientização sobre a utilização segura de tecnologia e cidadania digital, que capacitará os alunos para fazer mídia inteligente e escolhas on-line. Também haverá discussão com os pais sobre o uso de tecnologia segura com o filho e bullying na rede, de forma a prevenir a divulgação das chamadas brincadeiras de mau gosto.