Metrópoles: “Contrato precisa ser revisto”, admite indicada à presidência do Iges

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Metrópoles: “Contrato precisa ser revisto”, admite indicada à presidência do Iges
Metrópoles: “Contrato precisa ser revisto”, admite indicada à presidência do Iges

Comissão de Saúde da CLDF aprovou hoje a indicação de Mariela Souza para a presidência do Iges. Avaliação segue para o plenário da Casa

Metrópoles – A Comissão de Educação, Saúde e Cultura (CESC) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou a indicação de Mariela Souza de Jesus para o cargo de diretora-presidente do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF). Ela foi ouvida pelos deputados nesta segunda-feira (25/4).

Na ocasião, a presidente da comissão, Arlete Sampaio (PT), comentou que Mariela é a sexta indicada para a presidência do Iges e questionou a troca constante de gestores do Instituto. A parlamentar também mencionou escândalos e dívidas que o órgão acumula.

Mariela Souza concordou que as mudanças na presidência do Iges é “ruim para a continuidade do serviço”. Ela ainda pontuou que vê com bons olhos a criação do grupo de trabalho para revisar o contrato de gestão. “É um contrato que precisa, sim, ser revisto.”

“Quando o Instituto Hospital de Base foi criado, foi só sobre uma ótica, onde o orçamento vinha só para custeio. Então, ele [contrato] precisa ser revisto e incluir o investimento. Hoje, o Instituto não pode fazer investimento, porque não tem previsão orçamentária para tanto”, disse.

“Sobre a dívida: em abril de 2021, chegava a R$ 364 milhões. Hoje, abril de 2022, essa dívida é de R$ 176 milhões. Então, pagamos em torno de 50% desse valor”, acrescentou. O deputado Leandro Grass (PV), vice-presidente da CESC, assinalou que, ainda assim “é uma dívida muito alta”.

Já o deputado Rodrigo Demasso (Republicanos), que fez o relatório com parecer favorável à indicação de Mariela, defendeu o modelo do Iges. “A gente não pode pautar a extinção de um órgão por causa de denúncias de corrupção. Se fosse assim, teríamos que pautar então a extinção da Secretaria de Saúde, que há muito tempo vem tendo denúncias de corrupção, de superfaturamento de contratos”, argumentou.

A indicação de Mariela Souza à presidência do Iges-DF foi aprovada pela comissão com quatro votos favoráveis — dos deputados Delmasso, Arlete Sampaio, Jorge Vianna e Fernando Fernandes — e um contrário — do distrital Leandro Grass. Agora, a precisa ser aprovada em plenário. Caso aprovada pela Casa, Mariela assume como diretora-presidente do instituto assim que a decisão for publicada no Diário Oficial do DF (DODF).

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