Jornal do Guará – Os prejuízos pelo fechamento do Colégio Maxwell, um dos mais antigos e tradicionais do Guará, não traz apenas prejuízo pedagógico para os 427 alunos que tiveram que mudar de escola ou deixaram de completar o ano letivo, mas deixa também um rastro de prejuízo financeiro a 253 pais que estão tendo que arcar com a matrícula em outras escolas, além de 65 funcionários, entre professores e servidores administrativos, que estão entre dois e quatro meses sem receber salários e não tiveram todos os seus direitos trabalhistas depositados como manda a lei. Mesmo sendo uma morte anunciada desde o início do ano, o fechamento do Maxwell pegou de certo modo a comunidade escolar envolvida de surpresa, que agora corre para minimizar os prejuízos acadêmicos e financeiros, alguns aparentemente insolúveis.
A maior preocupação dos pais é com a liberação dos históricos escolares dos alunos, que estão retidos na secretaria da escola por falta de funcionários para liberá-los – 140 alunos aguardam a documentação para fazer o Programa de Avaliação Seriada (PAS) ou vestibular em faculdades ou universidades. É uma corrida contra o tempo, porque falta menos de um mês para a conclusão do ano letivo e as dificuldades para a liberação dos documentos tornam-se maiores porque o Maxwell está descredenciado na Secretaria de Educação desde março deste ano, o que era desconhecido pelos pais. Além dos problemas internos da escola, os pais reclamam da burocracia e da falta de interesse da Secretaria de Educação em ajudar a resolver o problema. “Somente conseguimos avançar na negociação depois que conseguimos a intermediação do deputado distrital Rodrigo Delmasso. Mesmo assim, não sabemos o que será possível fazer”, reclama João Felipe de Marco, o Professor Garra, que, além de professor da escola é um dos representantes dos pais.