Delmasso e Embaixada da Rússia debatem os trâmites para aquisição de vacinas

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Nesta quinta-feira (1), o vice-presidente da Câmara Legislativa e presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento da Vacinação da Unale (CONAV), deputado Delmasso (Republicanos), esteve reunido virtualmente com o embaixador da Rússia, Alexey Labetsky, para dialogar, conhecer e se colocar à disposição para apoiar nos trâmites necessários para a aquisição de vacinas produzidas no País.

Participaram da reunião, além da presidente da Unale, deputada Ivana Bastos (PSD-BA), os deputados Pedro Longo, (PV-AC), Sérgio Aguiar (PDT-CE), Ana Cunha (PSDB-PA), Lídio Lopes (Patri-MS) e Zilá Breitenbach (PSDB-RS).

Após apresentar a Unale e a Conav, a presidente Ivana Bastos lembrou do histórico da entidade com a Rússia. “Em visita ao Parlamento russo, em março de 2010, a Unale e a entidade que congrega os parlamentares da Rússia assinaram acordo de cooperação, para iniciativas de apoio em diversa áreas, como: cultura, esportes, tecnologia e meio ambiente”, lembrou.

Iniciando os questionamentos, o presidente da Conav, deputado Rodrigo Delmasso, falou sobre o processo de tramitação para compra direta dos estados. “Temos representação de 17 estados na CONAV e queremos saber qual o caminho para os estados adquirirem a vacina direto com o governo russo, pois somos procurados por várias entidades que nos questionam isso”, perguntou Delmasso.

De acordo com o embaixador, cada estado pode apresentar proposta direta ao fundo de investimento russo, o que é mais rápido e fácil, ou ainda, encaminhar o pedido à embaixada e esperar essa intermediação. “Até o momento, a única instância que tem direito e poder de negociar a Sputnik V é o Fundo Russo para Investimentos Diretos (RDIF), que já tem contrato com o consórcio dos estados do Nordeste e com o Paraná, para a entrega de mais de 36 milhões de doses”, salientou Alexey Labetsky.

Quanto ao processo de aprovação do uso emergencial, colaboração para testes clínicos da vacina no Brasil e produção da Sputnik V no país, o diplomata confirmou que as tratativas estão sendo feitas por meio da do laboratório brasileiro União Química.

“Temos acordo assinado para produção local da vacina, a ser avaliada pela Rússia. A fabricação depende muito da autorização de uso emergencial. A expectativa é que, após a aprovação, a Rússia passe todo o conhecimento para produção no Brasil, pois sem ela não há produção, distribuição ou aplicação do imunizante”, reforçou o embaixador.

A pedido dos parlamentares presentes, a embaixada deve intermediar um encontro entre a Conav, representando estados interessados nessa tratativa de compra, e o RDIF, principal investidor financeiro e o responsável por negociar a vacina com parceiros internacionais.

Sputnik V

A Sputnik V foi a primeira vacina desenvolvida na Rússia contra o coronavírus, criada pelo Instituto Gamaleya de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia. Conforme dados governo russo, o imunizante já foi aprovado em 58 países e os resultados mostram uma eficácia de 91,6% – em dados confirmados pela revista científica “The Lancet”.

Com informações da Ascom Unale